Bécherel, cité des livres

    De férias na Bretanha francesa, a caminho de Rennes vinda de San Malo, reparei numa tabuleta a meio do caminho que anunciava Becherel cité des livres. Resolvi sair da autoestrada e procurar esta vila dos livros, intrigada que estava com a designação. Alguns quilómetros depois entrámos na vila de Becherel e estacionámos numa pequena praça, com casas antigas e várias livrarias, com mesas e caixotes cheios de livros numa rua onde não faltavam gatos. 

 
Falando com uma livreira, descobri que Becherel não era uma criação recente nem única.   Em França existem 8 cidades ou vilas do livro, destinos de turismo cultural que visam promover o livro antigo e recente e oferecer uma alternativa à desertificação rural. Esta iniciativa reúne mais de 70 livrarias.
   Em Becherel há 12 livrarias para além de artesãos ligados ao mundo do livro. Nas livrarias encontramos livros de diverso tipo, autores, editores e língua. O que não encontramos – ou pelo menos não vi – são os livros dos famosos e de autoajuda que agora enchem as prateleiras dos híper e das bombas de gasolina. Também os livros mais recentes não me pareceram que ganhassem qualquer forma de primazia na sua exposição.  

   Para além das livrarias, estas vilas organizam um conjunto de iniciativas que levam com regularidade visitantes do respetivo o pais a visita-las. De acordo com a livreira com que falei e que comprava e vendia livros de todo o mundo, incluindo de Portugal, os objetivos tinham sido atingidos. Segundo um desdobrável que nos disponibilizaram – Federation des Villages du Livre - este conceito nasceu em 1962 em Hay-on-wye no Pais de Gales e existem hoje vilas do livro no mundo inteiro.

     E em Portugal??



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